Poesia da Cotovia

terça-feira, fevereiro 28, 2006

Hoje escrevi, com o fogo que arde,
isto para ti ao inicio da tarde,
minha musa e minha bela catraia
e tua inspiração não se retraia!

"Está um dia de sol radioso
por isso vem ó minha musa
num verso assim explendoroso
e na tua luz clara e difusa!

Anda voar com a tua cotovia
neste límpido azul sem fim
e vamos espalhar aqui alegria
neste sonho, perfumado jardim!

Espero por ti musa do coração
não demores a vir mui airosa
e trás no refrão dessa canção
uma rubra e enebriante rosa!"

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Agora peço-te a ti lua
trás-ma a té mim crua
aquela que bem te debrua
nos versos onde a paz actua,
aquela que contigo pactua
numa melodia que flutua
ei-la que chega brilhante
e tudo fica eletrizante
e apenas por um instante
tudo fique mui delirante
na noite de mil alquimias
e afinados cantos de cotovias
ao som de uma lira mágica
que torna esta hora mais rica,
ah musa, vem, e fica comigo fica
neste sonho que nos gratifica!

Deixa um recado a esta menina
QUE TE TEM GRAVADA NA RETINA!!!

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Eu não sou aquela
de tamanhos encantos,
nem sequer sou bela,
mas abaixo os prantos
pois hoje faço anos
e debaixo dos panos
nada a esconder
mas tudo a sorrir
e a rosa a crescer
e a rir e a abrir
e um mundo profuso
e nada confuso
este meu dia
e voa cotovia
pelos céus azuis
e neles te diluis
e ficas uma divina
e alegre princesa,
corre, corre ó menina
na aventura acesa
pois a paz é tua
e a felicidade assim
resplandesce da lua
e brilha no jardim
onde tu te passeias
e alegria semeias
e amor às mãos cheias
e tudo numa loucura
e todas as musas
te inundam de ternura
nas suas luzes difusas
e até aquela menina
vem até ti cristalina
e a sua lira dedilha
no dia que brilha
e a água da bilha
refresca e dá alento
e os cabelos ao vento
na primavera da vida...
ah, cotovia divertida
agarra o sonho e voa
e podes andar à toa
e ir parar a Lisboa
e à beira do Tejo
se cumpra teu desejo
e nas águas dás um beijo
e ela sorri para ti
e juntas cantais um hino
neste sonho peregrino
e tudo fique preso
na ternura dum menino
que mantenha coeso
o amor do mundo
e tudo seja profundo
como os mares serenos
nos olhos azuis e amenos!

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Há minha musa, meu raio
de luz difusa, vamos ao Maio
ver os campos em flor
nos dias soalheiros
pachorrentos de amor
e o aroma dos canteiros
nos enebrie e faça sonhar
e nos céus azuis a voar
e tantas maravilhas a mirar
e o nosso coração a delirar
e ao som da lira mil trovas
nestas odes radiosas e novas
que eu sei bem que tu aprovas
e minha musa nelas te renovas...
ah, que bom é estar em comunhão
com a natureza, contigo, com a vida...
vem minha paz, vem mui aguerrida
e trás uma risada divertida
pois tudo aqui é consentido
e tudo tem muito sentido
e viva este sonho atrevido!